O autor desta fotografia, o cubano Alberto Diaz, mais conhecido como Korda, chamou-a de "Guerrilheiro Heróico". A fotografia mundialmente famosa foi obtida em 1960, durante a cerimónia fúnebre pelos guerrilheiros cubanos que perderam a vida na Revolução.
A foto de Korda não foi publicada pelo jornal onde trabalhava, no dia seguinte. Sete anos mais tarde, quando o editor italiano Giangiacomo Feltrinelli apareceu procurando uma foto para a capa de uma edição do “Diário Boliviano” de Che, Korda deu-lhe duas cópias da foto de graça.
Che Guevara foi capturado seis meses depois na selva boliviana, após o fracasso da sua tentativa de fazer uma revolta de camponeses na Bolívia. Ao ouvir a notícia de sua morte, Feltrinelli cortou a foto e publicou pósteres grandes, que em pouco tempo, venderam 1 milhão de cópias. Che Guevara foi transformado em mártir, celebridade pop e ícone radical.
Korda disse: nunca recebi um centavo de Feltrinelli.
"Hoje em dia, Che é mais uma vez tão controvertido e tão reconhecido universalmente como era nos dias em que se transformara num símbolo da revolta estudantil. Depois de cair no esquecimento nos anos 1970 e 1980, ele teve um ressurgimento popular nos anos 1990 como símbolo imorredouro do desafio apaixonado contra um status quo arraigado. Imagens de Che Guevara eram carregadas como ícones por manifestantes estudantis em Paris e Tóquio, e seu rosto barbudo, inquestionavelmente másculo e de boina, fez bater corações mesmo não políticos na contracultura. Fosse na França, contra o conservador Charles De Gaulle ; nos Estados Unidos, contra a participação norte-americana na Guerra do Vietnã; no México, quando aconteceram as primeiras manifestações contra o Partido Institucional Revolucionário; ou na África, continente que viu eclodir a guerra de guerrilha em quase todos os países nos vintes anos seguintes à sua morte, a lembrança e a imagem de Che Guevara esteve presente em bandeiras, faixas, camisetas mas, principalmente, nas mentes e corações dos revolucionários. Houve forte identificação da juventude com a figura de Che. Entre seus admiradores, havia muitos universitários de classe média do continente americano e europeu. Para esses jovens de esquerda, Che personificava o idealismo igualitário. Portanto, a morte de Che Guevara aumentaria ainda mais o mito do guerrilheiro heróico e generoso. A boina e a estrela compõem até hoje a personificação do revolucionário rebelde, um símbolo que resiste ao tempo. Ainda que alguns setores tenham-no visto como criminoso, outros fizeram dele o emblema do mártir na luta contra ditaduras. Dando a vida por suas idéias, consagrou a imagem do herói idealista, romântico, aventureiro e desinteressado, disposto a todos os sacrifícios – virtudes que compõem o mito Guevara. A conhecida fotografia de Che Guevara, de autoria de Alberto Korda , foi captada em março de 1960 em um serviço funerário cubano, sendo publicada sete anos após a morte de Che. A imagem mais famosa é o desenho do seu busto em alto contraste. Esta imagem foi reproduzida em uma grande variedade de mídias, tornando-se cada vez mais usual no contexto da cultura de massa e das imagens publicitárias. Incorporado pela publicidade, seu nome e sua imagem revelam-se hoje, como marca de cerveja, modelo de relógio, capas de discos, estampas de camisetas, entre outros milhares de artigos de consumo." (Professora Luciana Ferreira de Matos)
Che de várias formas - no original de Korda, nas tatuagens de Maradona e Tyson, como boneco infantil, como refrigerante de cola. como tênis All Star e como palestino na versão do caricaturista Latuff.
Várias formas de Che - Madonna na capa de seu álbum American Life, Adlfo Hitler, Mickey Mouse, Seu Madruga e o criador da Wikileaks Assange

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